domingo, 4 de dezembro de 2011

Joelhos Ralados


    Com a Premiére de estréia realizada na terça-feira, 29 de Novembro de 2011, às 19:30hs no Centro Cultural José Octávio Guizzo, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o curta-metragem "JOELHOS RALADOS" veio acompanhado de uma importante mostra cultural de obras do áudio-visual nacionais!

JOELHOS RALADOS

"Joelhos Ralados" conta a história de Pedro, um adolescente de 15 anos que não viveu as aventuras de toda infância. Quando novos vizinhos se mudam para a casa ao lado, Pedro começa a viver todas as felicidades e dores da infância e da juventude ao mesmo tempo. O resultado não é tão ingênuo e deixa grandes marcas, tanto emocionais, quanto físicas.

Um filme de Felipe Rezende e Leonardo de Castro

Estrelando: Bruno Loiácono; Angela Montealvão; Leonardo de Castro; Marcos Alexandre; Yago Garcia; Antônia Castro

Co-estrelando: Rivail Madureira; Raphael Madureira

Música: Bruno Loiácono

Edição: Felipe Rezende

Roteiro: Felipe Rezende; Leonardo de Castro

Direção: Felipe Rezende

Assistente de direção: Leonardo de Castro
Assista no YouTube clicando aqui: JOELHOS RALADOS



HORIZONTES HISPÂNICOS - Concerto da Orquestra de Violões de Campo Grande

    Olá a todos,  é com  satisfação que vos convido para o concerto da Orquestra de Violões de Campo Grande.



    Há mais de 10 anos, a OVCG (Orquestra de Violões de Campo Grande), atua no cenário da música clássica  da capital sul-mato-grossense.
    Nosso maior objetivo é oferecer ais integrantes-bolsistas, uma séria educação musical, valorizando tanto a música erudita quanto a regional, podendo assim, difundir e ampliar o gosto pela música instrumental.
    Temos um compromisso de criar um canal para os "amantes" e apreciadores do violão clássico, apresentando um repertório regado de composições de grande clássicos da música popular brasileira, música erudita e música regional.
    Ao comando de Anderson Francellino na regência, lançamos o primeiro CD em 2006, intitulado "10 anos". Em 2001, no CD "No Coração da Seresta" gravado pelos seresteiros de Campo Grande, gravou uma faixa com música "Carinhoso" de Pixinguinha.
    A Orquestra de Violões de Campo Grande é, acima de tudo, um trabalho de cunho social que enaltece e cumpre com profissionalismo todos os compromissos ligados ao violão clássico.



CD "10 anos" - R$10,00
Contatos: (67) 3314-3145 / 3314-3691 / 9126-2710
orquestradevioloescg@gmail.com






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Apresentações Artísticas  - SESC Horto
Rua Anhanduí, 200 - Campo Grande/MS
(67) 3357-1214 - (67) 9203-6847

Festival Sul-Mato-Grossense de Teatro começa hoje (02/12)

Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/festival-sul-mato-grossense-de-teatro-comeca-hoje_134045/

A Federação Sul-Mato-Grossense de Teatro (Fesmat), em parceria com o governo do Estado, através da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) e da Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), realiza o 30º Festival Sul-Mato-Grossense de Teatro de 2 a 7 de dezembro, na Capital. As apresentações terão o valor de R$ 3,00 (três reais) para espetáculos no Teatro Aracy Balabanian, e na Praça dos Imigrantes a entrada é gratuita.
No seu 30º Festival, a Fesmat presta homenagem ao Grupo Teatral Senta Que o Leão é Manso da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), pela sua trajetória de sucesso e principalmente pela sua participação ativa e fundamental na história da Federação Sul-Mato-Grossense de Teatro.
O grande objetivo do Festival promovido pela Fesmat é a descentralização dos acontecimentos na área do Teatro provocando assim a circulação dos espetáculos e o intercâmbio entre os grupos teatrais do Estado.
O Festival, que é competitivo reunirá em seis dias diversos grupos teatrais, havendo premiação para as categorias. Serão ao todo 13 apresentações entre espetáculos infantis, adultos e teatro de rua. Logo após cada apresentação haverá debate com os jurados, atores, técnicos dos espetáculos e participantes do evento.
Mais informações com a produção do Festival pelos telefones 8402-2980/9216-3012. O Centro Cultural José Octávio Guizzo fica na rua 26 de Agosto, 453 e a Praça dos Imigrantes está localizada na rua Joaquim Murtinho com a Rui Barbosa.

PROGRAMAÇÃO
Sexta-feira (2)
15h
Espetáculo Infantil: A Varinha Mágica
Grupo Libertart/ Três Lagoas
Teatro Aracy Balabanian
Sinopse: A alegria da criança é ver as atrapalhadas, cambalhotas e as brincadeiras dos palhaços, se encantam com os truques do mágico. Mas o que mais fascina uma criança, uma história bem contada com as fadas, com começo, meio e fim. Varinha Mágica conta uma dessas historias com fada, a mágica e três palhaços atrapalhados que com suas trapalhadas colaboram para que a mágica encontre a sua varinha mágica. Traga seus filhos para se divertirem com os palhaços, a fada e a mágica.

20h
Cerimônia de Abertura
Teatro Aracy Balabanian

21h
Espetáculo Adulto: Espelho Partido
Grupo Libertart/ Três Lagoas
Teatro Aracy Balabanian
Sinopse: Quando se tem amor às pessoas perdem o controle de tudo e às vezes fazem coisas absurdas, uns chegam a matar até pessoas da própria família para provar esse amor doentio, amor que maltrataas pessoas. Dizem que só se vê em filmes, por exemplo, Romeu e Julieta em uma trama absurda morreram por tentar provar o amor que existia entre os dois. E com Marina ela a todo custo faz loucuras para provar seu amor por um homem ambicioso usurpador que só visa dinheiro mesmo que para isso tenha que passar por cima até da própria mãe. Espelho Partido também é uma lição para muitos. Que acredita no amor de outra pessoa.
Sábado (3)
15h
Espetáculo Infantil: A Roupa Nova do Imperador
Grupo Teatral Unicórnio/Campo Grande
Teatro Aracy Balabanian
Sinopse: A história acontece há muitos e muitos anos atrás, onde havia um Imperador tão apaixonado pelas roupas novas, que gastava com elas todo o dinheiro que possuía. Pouco se incomodava com seus soldados, com o teatro ou com os passeios pelos bosques, contanto que pudesse vestir seus trajes.
Tinha um traje para cada hora do dia, ao invés de se dizer dele o que se diz de qualquer Imperador: Está na Câmara do Conselho, diziam sempre a mesma coisa: O Imperador está vestindo ou desfilando?


21h
Espetáculo Adulto: Os Corcundas
Grupo Circo do Mato/ Campo Grande
Teatro Aracy Balabanian
Sinopse: Uma pantomima que conta a saga de dois corcundas errantes: ele, o corcunda, simpático, feio e puro! Como um cão, tenta ser amigo, mas, tem medo dos homens! Ela, a corcunda, é feia e brincalhona. Esperta como um macaco, não percebe a opinião ou lógica das pessoas. Depois de caminharem pelo mundo, sem nada para vender ou comprar, são arrebatados por um amor sincero, avassalador, verdadeiro, engraçado e puro. Um espetáculo que diverte e emociona!

Domingo (4)

15h
Espetáculo Infantil: O Rei que não sabia rir
Grupo Identidade Teatral/Campo Grande
Teatro Aracy Balabanian
Sinopse: Um Rei rabugento propõe a troca de função com o Bobo da Corte sem o conhecimento do Guarda – Real, instalando a partir de então uma série de confusões e equívocos, garantindo o que nos atrevemos a denominar “Comédia Para Infância”. Com apenas dois atores em cena e lançando mão do ator coringa, o espetáculo brinca e abusa do faz de conta.

18h
Espetáculo de Rua: Mix
Circo Escola do Pantanal
Praça dos Imigrantes

21h
Espetáculo Adulto: Apareceu a Margarida
Teatral Grupo de Risco
Teatro Aracy Balabanian
Sinopse: A sua complexidade e contradições. Uma professora que começa muito docemente a dar um aula de biologia e no decorrer do percurso altera seu comportamento abruptamente, indo da doçura maternal, sedução e lascívia ao ápice da crueldade e violência, psicológica.Com um comportamento ditatorial e opressor acaba por se estabelecer como o poder supremo e inquestionável diante dos alunos, exaltando a característica manipulável do ser humano. Suas atitudes são tão absurdas que ate lhe fará rir em algumas situações, mas muito cuidado, não se deixe enganar pelo nervosismo!

Segunda-feira (5)
18h
Espetáculo de Rua: Tekoha - Ritual de vida e morte de Deus pequeno
Teatro Imaginário Maracangalha/Campo Grande
Praça dos Imigrantes
Sinopse: narra a trajetória do líder indígena guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, TEKOHA, tem um significado muito peculiar para o povo Guarani. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço do pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guarani vivem o seu modo de ser. O Teatro Imaginário Maracangalha faz da rua a representação deste espaço tão sagrado aos Guaranis.


19h30
Espetáculo de Rua: El Magnifico Duelo
Desnudos del Nombre
Praça dos Imigrantes
Sinopse: Ao chegar à cidade um falido apresentador de circo se depara com duas garis, responsáveis pela limpeza da cidade – as duas estão sempre em atrito, mas para Atuxadinho as palhaças podem ser a grande salvação do seu circo. O espetáculo trás no universo clownesco uma grande busca do próprio ridículo, transformando as debilidades pessoais em força teatral.

Terça-feira (6)
15h
Espetáculo Infantil: O Mágico de Oz
Grupo Prisma/Campo Grande
Teatro Aracy Balabanian
Sinopse: O Mágico de Oz conta a história de Dorothy Gailey, que vive na fazenda dos seus tios Henry e Emily. Durante um tempestade, a casa da fazenda onde ela mora foi arrancada do chão por um ciclone e é atirada em lugar que ela nunca viu. Tentando achar o caminho de casa, ela conhece um espantalho que quer ter um cérebro e, como visitará um mago, pode ser que ele arrume um cérebro para o espantalho. Assim resolvem viajar juntos. Mais adiante encontram um homem de lata, que anseia por um coração, então os três passam a viajar juntos. Logo depois se deparam com um Leão covarde, que quer ter coragem, então o quarteto fica mais do que determinado em achar o Mágico de Oz.

18h
Espetáculo de Rua: Conto da Cantuária
Teatro Imaginário Maracangalha/Campo Grande
Praça dos Imigrantes
Sinopse: O espetáculo enfatiza as características estéticas do teatro medieval, abordando duas categorias básicas: o religioso e o profano, privilegiando a mistura de tons e estilos, fundindo os contrários: elevado e popular, sublime e humilde, passado e presente.

21h
Espetáculo Adulto: Pobre Diabo Louco e seu discurso para moscas
Grupo Teatral Palco/Campo Grande
Teatro Aracy Balabanian
Sinopse: É um monólogo que narra os problemas enfrentados no Estado de Mato Grosso do Sul e no Brasil. Conta a história de Praculá Makob, um indigente que anda perdido pelo Brasil com o sonho de chegar ao Distrito Federal e falar poucas e boas ao Presidente da República, assim, caminha de cidade em cidade e em cada uma delas que chega pergunta: Pra que lado fica o Distrito Federal ? E as pessoas respondem: Praculá.

Quarta-feira (7)

15h
Espetáculo Adulto: Uma Arte de Quinta
Cia. Teatral Adote/Campo Grande
Teatro Aracy Balabanian
Sinopse: São em torno de 18 esquetes (pequenas sequencias cômicas, normalmente apresentadas juntas com outros esquetes, sem necessariamente terem ligações entre si) por apresentação. Uma arte de quinta é um show de humor com uma proposta de interpretação ao estilo “Standy-up comedy”, que consiste em um ou mais humoristas em frente ao público, relatando situações cotidianas com a intenção de fazer rir. Abordam assuntos como problemas políticos, sociais, relacionamento humano, sexo e acontecimentos do dia-a-dia.

1º FESTIVAL BRINCATURAS E TEATRICES

VEM Aí O PRIMEIRO FESTIVAL DA CASA DE ENSAIO, IMPERDÍVEL!


 ARTE COM EDUCAÇÃO PARA INFÂNCIA E JUVENTUDE!!!





sábado, 26 de novembro de 2011

Première de Lançamento do Curta "JOELHOS RALADOS" & Mostra de Áudiovisual



Dia 29 de Novembro, terça-feira, às 

19:30hs no C.c. José Octávio Guizzo, 

PREMIÈRE de Lançamento do curta-

metragem "JOELHOS RALADOS" e 

amostra cultural de obras do 

áudiovisual do centro-oeste!!! 

ENTRADA FRANCA!!!

JOELHOS RALADOS!

"Joelhos Ralados" conta a história de Pedro, um adolescente de 15 anos que não viveu as aventuras de toda infância. Quando novos vizinhos se mudam para a casa ao lado, Pedro começa a viver todas as felicidades e dores da infância e da juventude ao mesmo tempo. O resultado não é tão ingênuo e deixa grandes marcas, tanto emocionais, quanto físicas.

Um filme de Felipe Rezende e Leonardo de Castro

Estrelando: Bruno Loiácono; Angela Montealvão; Leonardo de Castro; Marcos Alexandre; Yago Garcia; Antônia Castro

Co-estrelando: Rivail Madureira; Raphael Madureira

Música de: Bruno Loiácono

Edição: Felipe Rezende

Roteiro: Felipe Rezende; Leonardo de Castro

Direção: Felipe Rezende

Assistente de direção: Leonardo de Castro


Conto com a presença de todos! Até lá, amigos! ;D

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Progamação Cinema Nacional no MIS - Aproveitem!!!

Galera, fiquem ligados para a mais nova programação de audio-visual, não muito divulgada, mas muito interessante. Apenas filmes e curtas de peso. Aproveitem!!!

Programação Campo Grande/MS
Museu da Imagem e do Som / Sala Idara Duncan - (67) 3316.9178
Av. Fernando Corrêa da Costa, 559, 3o andar- Centro

ENTRADA FRANCA

17/11-QUINTA-FEIRA
19h00 - Sessão de Abertura
DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
MÁSCARA NEGRA -Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

18/11 -SEXTA-FEIRA
13h30
DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
CORTINA DE FUMAÇA - Rodrigo Mac Niven (Brasil, 88 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 12 anos
15h30
CABRA CEGA - Toni Venturi (Brasil, 107 min, 2005, fic).
Classificação indicativa: 14 anos
17h30
BICHO DE SETE CABEÇAS - Laís Bodanzky (Brasil, 74 min, 2000, fic).
Classificação indicativa: 14 anos
19h30
CENTRAL DO BRASIL - Walter Salles (Brasil, 112 min, 1998, fic).
Classificação indicativa: 16 anos

19/11 -SÁBADO
13h30
SOBRA UMA LEI - Daiana Di Candia/ Denisse Legrand (Uruguai, 36 min, 2011, doc).
PEQUENAS VOZES - Oscar Andrade eJairo Eduardo Carrillo (Colômbia 76 min 2010, doc).
Classificação indicativa: 10 anos
15h30
CHUVAS DE VERÃO - Carlos Diegues (Brasil, 93 min, 1977, fic).
Classificação indicativa: 16 anos
17H30
MORANGO E CHOCOLATE - Tomás Gutiérrez Álea/ Juan Carlos Tabío (Cuba/
México, 110min, 1993, fic).
Classificação indicativa: 14 anos
19h30
ATERRA AGASTAR - Cássia Mary Itamoto/ Celina Kurihara (Brasil, 6 min, 2009, animação).
OS INQUILINOS (OS INCOMODADOS QUE SE MUDEM) - Sérgio Bianchi (Brasil 103 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

21/11-SEGUNDA-FEIRA
09h30
TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
ARQUITETOS DA NATUREZA - Cléa Lúcia (Peru/ Brasil, 25min, 2011, doc).
TAVA - PARAGUAI TERRAADENTRO - Lucas Keese/ Lucía Martin/ Mariela Vilchez (Argentina/ Brasil/ Paraguai, 70 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 10 anos
11h30
BALA PERDIDA - Maurício Durán Blacut (Bolívia, 52 min, 2010, doc).
NO FUTURO - Mauro Andrizzi (Argentina, 60min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 10 anos
13h30
ORQUESTRA DO SOM CEGO - Lucas Gervilla (Brasil, 13 min, 2010, doc).
POLIAMOR - José Agripino (Brasil, 15 min, 2010, doc).
CAMPONESES DOARAGUAIA - GUERRILHA VISTA PORDENTRO - Vandré
Fernandes (Brasil, 73 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 10 anos
15h30
ARAGUAYA -ACONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO - Ronaldo Duque (Brasil, 105 min, 2005, fic).
Classificação indicativa: 12 anos

22/11 - TERÇA-FEIRA
09h30
GAROTO BARBA - Christopher Faust (Brasil, 14 min, 2010, fic).
ASSUNTO DE FAMÍLIA - Caru Alves de Souza (Brasil, 13 min, 2011, fic).
COPA VIDIGAL - Luciano Vidigal (Brasil, 75 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 12 anos
llh30
ACERCADACANA - Felipe Peres Calheiros (Brasil, 20 min, 2010, doc).
AOCUPAÇÃO - Angus Gibson/ Miguel Salazar (Colômbia/ EUA/ França 88 min 2011, doc).
Classificação indicativa: 12 anos
13h30 - Sessão de Audiodescrição
DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
MÁSCARA NEGRA -Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
AGRANDE VIAGEM - Caroline Fioratti (Brasil, 15 min, 2011, fic).
GAROTO BARBA - Christopher Faust (Brasil, 14 min, 2010, fic).
OPLANTADOR DE QUIABOS - Coletivo Santa Madeira (Brasil, 15 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos
15h30
D.O.R - Leandro Goddinho (Brasil, 4 min, 2010, doc).
SILÊNCIO 63 -Fábio Nascimento (Brasil, 23 min, 2011, doc)
EATERRA SE FEZ VERBO - Erika Bauer (Brasil, 77 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 12 anos

23/11-QUARTA-FEIRA
09h30
AGRANDE VIAGEM - Caroline Fioratti (Brasil, 15 min, 2011, fic).
AVÓS -Carla Valencia Dávila (Equador/ Chile, 93 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: Livre
11h30
CAFÉ AURORA -Pablo Polo (Brasil, 19 min, 2010, fic).
CONFISSÕES -Gualberto Ferrari (Argentina/ Brasil/ França, 90 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: Livre
13h30 - Sessão Audiodescrição
DIÁRIO DE UMA BUSCA -Flávia Castro (Brasil/ França, 105 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 10 anos
15h30
DAMA DO PEIXOTO -Allan Ribeiro/ Douglas Soares (Brasil, 11 min, 2011 doc).
QUEM SE IMPORTA - Mara Mourão (Brasil, 96 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 10 anos


24/11-QUINTA-FEIRA
09h30
BARRAS EBARREIRAS, RETRATO DE KELLY ALVES - Riccardo Migliore (Brasil, 38 min, 2011, doc).
QUATRO LITROS POR TONEL - Belimar Román Rojas (Argentina/ Venezuela 70min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 12 anos
llh30
DO OUTRO LADO DO MURO -Eleonora Menutti (Argentina, 12 min, 2010 doc)
ENTRE VÃOS - Luísa Caetano (Brasil, 20 min, 2010, doc).
VOCACIONAL, UMA AVENTURA HUMANA - Toni Venturi (Brasil, 77 min 2011
doc).
Classificação indicativa: Livre
13h30
O PLANTADOR DE QUIABOS - Coletivo Santa Madeira (Brasil, 15min, 2010, fic).
MÁSCARA NEGRA -Rene Brasil (Brasil, 15min, 2010, fic).
UMA NOVA DANÇA -Nicolás Lasnibat (Chile/ França, 23 min, 2010 fic)
Classificação indicativa: 14anos
15h30
GRAFFITI QUE MECHE - Coletivo Graffiti com Pipoca (Brasil, 13min, 2011, animação)
LICURI SURF - Guilherme Martins (Brasil, 15 min 2011 doc)
CÉU SEM ETERNIDADE -Eliane Caffé (Brasil, 70min 2011, doc).
Classificação indicativa: 10 anos



Museu da Imagem e do Som de Mato Grosso do Sul
Endereço: Avenida Fernando Correa da Costa, 559, 3?andar – Centro
Campo Grande - MS 
CEP: 79002-820 
Telefone:(67) 33169178/ (67) 3316-9146 
e-mail: mis.de.ms@gmail.com

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Função da Máscara Cênica

Um bom dia a todos amigos internautas e bloggers.
Como bem devem saber, sou um apaixonado, amante e casado com as Artes Cênicas e com tudo que se relaciona com esse belíssimo ramo do conhecimento.
Por eu fazer a faculdade de Artes Cênicas, na UEMS, aqui mesmo, em Campo Grande, resolvi então postar aqui um artigo que eu fiz sobre as Máscaras Cênicas. Espero que vocês gostem, espero que seja útil. Vale lembrar que este formato aqui colocado não é o de um artigo acadêmico regido pelas normas da ABNT. Por estar sendo posto de modo informal, tomei a liberdade de acrescentar algumas imagens que em um artigo acadêmico não estariam dispostas desta forma. Uma boa leitura.










A Função da Máscara Cênica


Leonardo Augusto Madureira de Castro1


Resumo: Há muito tempo as máscaras fazem parte do cotidiano dos homens, seja para trabalhar, ritualizar ou representar. Graças a ela, pode-se sair de si mesmo para enfim encarnar os mais diversos tipos de persona. Este artigo foi escrito principalmente com a intenção de compreender o universo místico ao qual as máscaras podem levar o ator que, deixando-se conduzir, viaja por entre os mais diversos tipos de personagens possíveis. Através de leituras de importantes obras, conversas com professores das artes cênicas e pesquisas em grupos atuantes desta arte, supõe-se que a principal função da máscara cênica é a criação da personagem.

Palavras-chave: Máscara. Função. Expressiva. Neutra.

Abstract: Long ago masks are part of everyday life of men, either to work, or represent ritualize.Thanks to her, you can leave yourself to finally embody the persona of various types. This article was written primarily with the intention of understanding the universe to which themystical shades that can lead actor, leaving lead, travels through the various types ofcharacters possible. Through readings of major works, conversations with teachers of the performing arts and research groups working in this art, it is assumed that the main function of the mask is the creation of scenic character.

Keywords: Masks. Role. Expressive. Neutral.


    A máscara cênica surgiu praticamente com o surgimento do teatro, assim como sua principal função que empregar-se-á neste artigo, ou seja, a criação e personificação da personagem, sendo assim, a intenção maior deste artigo é compreender o universo místico ao qual as máscaras podem levar o ator que, deixando-se conduzir, viaja por entre os mais diversos tipos de personagens possíveis, ou, como dizia a pesquisadora de artes cênicas Margot Berthold em seu livro “História Mundial do Teatro”, “A máscara confere ao ator uma forma de vida mais elevada e quintessencial.”
   Historicamente as máscaras fazem parte da representação em seu mais puro significado. Objetivando o conhecimento desta arte milenar, fez-se necessário o estudo dos diversos tipos e estilos de máscara, assim como suas respectivas funções. De fato, a utilidade assim como a diversidade da máscara é inúmera, podendo ser usada como por exemplo, para disfarce, como um símbolo de identificação, para esconder a identidade, para uma transfiguração, uma representação de espíritos da natureza, deuses, antepassados, seres sobrenaturais ou rosto de animais, participação em rituais, interação com dança ou movimento, como peça fundamental nas religiões animalistas, simplesmente como mero adereço, ou para previnir contágios de outras pessoas. Mas fiquemos aqui atentos somente à sua função cênica.
    Com o surgimento do teatro primitivo, o homem descobre as máscaras como pinturas no rosto. Eram usadas para representar deuses e forças maiores que as dos homens. Ao colocar a máscara, o homem recebia essas forças que o ajudavam a caçar, a curar doenças, efetuar rituais e a enfrentar sua perigosa rotina. Entende-se então que as máscaras serviam exclusivamente para fins religiosos. Entende-se também que, até então, mesmo sem que tivessem inventado o teatro como ele é, as máscaras já serviam para a personificação da personagem que eles acreditavam viver. Era mais importante para o homem primitivo essa personificação de seus deuses, do que qualquer tipo de arte que em dia ele poderia conhecer, além do mais, a ciência que ainda não tinha sido descoberta não deu a eles as explicações necessárias para manipular e conhecer todos os fenômenos que eles consideravam divinos. Desde sua origem o ser humano tem medo do desconhecido, o que explica as primeiras divindades vinculadas a tudo que por eles era inexplicável, mas também é certo quando lembramos que este mesmo homem tem fascínio pelo estranho, o que gerou curiosidade, que por sua vez criou a vontade de controlar, válvula propulsora da confecção das primeiras máscaras.
Máscara gigaku
    Além da função cênica, em alguns países do oriente, explica Margot Berthold em seu livro “História mundial do teatro”, as máscaras eram peças indispensáveis na dança gigaku - “música arteira”No oriente, por volta do ano de 612, depois que a teologia chegou no Japão, fez-se preponderante este estilo que “cresceu por todo o país, sendo apresentado diante de todos templos nas duas grandes festividades religiosas, o aniversário de Buda e o dia dos mortos.” Ainda segundo a pesquisadora “(…) as máscaras gigaku eram utilizadas nas procissões iniciais de bailarinos e músicos que seguiam-se em pantomima, representadas com grotescas máscaras de elmo com frande narizes de rapina, poderosas mandíbulas e globos oculares salientes.” Depois desta descoberta artística, por decorrer do século VIII, provindo do gigaku,surge o bugaku, estilo de dança este, que utilizava uma máscara mais simples e humana, com coloração branca e traçados fortes nas sobrancelhas finas e nos olhos, sempre esticados. Destes predecessores surgiu dois importantes estilos de dança-teatro na China, o sarugaku e o dengaku que por sua vez, foram os precursores do Nô, criado pelos atores sarugaku Kwanami e seu filho Zeami.                                                      
    Ainda segundo Berthold, dentro do , existe o coro, assim como na tragédia grega, que usa roupas escuras e senta-se no chão, mas não intervém na cena. O protagonista da peça é o chamado shiteEste usa máscara que, de acordo com o papel, pode representar um valente herói, um velho barbado, uma jovem noiva ou uma anciã atormentada. Por se usar a máscara, os japoneses não veem nada de estranho no fato de um homem expressar os sentimentos de uma mulher, sua felicidade ou desespero. Ao contrário, consideram a máscara como a expressão literal de uma verdade superior. As máscaras entalhadas dos atores nô são, por si próprias, obras de arte de alta qualidade, simbolizam a personagem em sua forma mais pura, limpa de qualquer imperfeição. De fato, é sim uma característica dos povos orientais essa dedicação religiosa às artes em um contexto geral. No teatro Nô, os atores treinavam horas as mesmas posições e movimentações, justamente para que um ator não se desconectasse com sua máscara e deixasse o sentido da peça perder-se. Cada passo, cada gesto, era milimetricamente estudado. As máscaras Nô exigiam precisão gestual e de sentido, expressas principalmente pelo próprio corpo do ator, que tornava-se voz quando controlado pelas máscaras expressivas de rosto cheio desta arte oriental.
    Mais tarde, com a consolidação do teatro, na Grécia antiga, as primeiras máscaras gregas (que possivelmente foram criadas por Téspis, famoso por ser conhecido como o primeiro ator), além de serem usadas para a vivência da personagem, tinham muita expressividade, o que ajudava o grande número de espectadores a entenderem o sentimento da cena. Elas possuíam proporções maiores que a face do ator e traços acentuados, para que todo o o público pudesse assimilar o caráter da personagem. As máscaras também portavam grandes perucas, e no local em que se encaixava a boca havia uma espécie de cone que permitia uma maior propagação da voz. Existem também vários tipos de máscaras com finalidades complexas diferentes, mas todas atendendo a essa mesma função básica da criação da personagem. Segundo o dicionário, máscara, é um artefato que representa uma cara ou parte dela, e que se põe no rosto, principalmente por ocasião do carnaval, para disfarçar a pessoa que o põe. De fato, o dicionário não explica exatamente o que se pode referir deste objeto tão forte no cenário cênico, assim como em outras profissões. Como se pôde observar na descrição do objeto pelo dicionário, a utilidade principal da máscara está ligada ao carnaval. De fato, as máscaras são usadas até hoje nos carnavais, mas isso não significa que esta é a função mais importante da máscara.
    Ainda se tratando dessa referência carnavalesca que se liga ao objeto cênico, vê-se historicamente que a máscara para tal finalidade tem referência dentro da Comédia Dell'arte, com as máscaras do Capitano, do Pantalone, do Pulchinella, Dottore, Arlecchuino, da Colombina, do Pagliaccio, entre outros personagens típicos desta arte renascentista. Neste estilo teatral, os atores preparavam-se e apresentavam-se por anos dentro de uma mesma personagem utilizando as mesmas máscaras fixamente. Muitos atores viviam exclusivamente um só papel até a sua morte.     
Máscaras da Comédia Dell'arte
 Este estilo, nascido do teatro popular improvisado, teve início no século XV, na Itália e se desenvolveu posteriormente na França, mantendo-se forte até o século XVIII. Suas apresentações eram feitas pelas ruas, praças pública, teatros e cortes. Ao chegarem à cidade pediam permissão para se apresentar, em suas carroças ou em pequenos palcos improvisados. As companhias de Comédia Dell’arte eram itinerantes e possuíam uma estrutura de esquema familiar. Seguiam apenas um roteiro, que se denominava “canovaccio”, mas possuindo total liberdade de criação. Dentro da Comédia Dell'arte, as máscaras são tão importantes quanto a própria presença do ator em cena. Vê-se claramente exemplos do que se chama Máscaras Expressivas que são compostas de grandes proporções e traços acentuados, especificando e caracterizando os “tipos”, específicos neste tipo de teatralização. O comportamento destas personagens enquadrava-se em um padrão: o amoroso, o velho ingênuo, o soldado, o fanfarrão, o pedante, o criado astuto. As máscaras utilizadas deixavam a parte inferior do rosto descoberto, permitindo uma dicção perfeita e uma respiração fácil, ao mesmo tempo que proporcionavam o reconhecimento imediato da personagem pelo público, os “tipos” citados logo acima. As personagens representadas inseriam-se em três categorias: a dos enamorados, a dos velhos e a dos criados (zannis). O mais popular é, sem dúvida, Arlequim, o empregado trapalhão, ágil e malandro, capaz de colocar o patrão ou a si em situações confusas, que desencadeavam a comicidade. No quadro de personagens, merecem ainda destaque Pantalone ou Pantaleão, um velho fidalgo, avarento e eternamente enganado, era um velho mercador veneziano, conservador e muito avarento, autoritário com seus filhos e empregados e que não suporta ser questionado. Geralmente em uma filha em idade de casar, faz o possível para não pagar o seu dote. Outros personagens tentam tirar proveito de sua avareza. É também um personagem lascivo, e
sua atração por jovens donzelas só não é maior que sua paixão pela riqueza. O Dottore, ou Doutor que mais fala do que age, nunca frequentou a universidade, tem especialização em tudo, e pode falar um bocado de besteiras sobre qualquer assunto. Ligado à boca, tanto pra comida quanto pra falação: ele come muito. Ele é essencialmente barrigudo, e não muito intelectual. E também o Capitano, ou Capitão, um covarde que contava as suas proezas de amor e batalhas, mas que acabava sempre por ser desmentido. Anda sempre com imponência como se estivesse sempre galopando, podendo também usar uma espada que, nas mentiras é muito bem manejada, mas ao se assustar, o que ocorre com facilidade, a deixa amolecer-se perdendo toda a compostura.
    Agora, como é possível viver estas personagens que se desencadeiam a partir da máscara cênica, sem que o ator se desconectasse dela, fazendo assim de nada valer o objeto? Naturalmente, o preparo dos atores para este tipo de experiência cênica é árduo e consiste em uma série de exercícios específicos para a arte das máscaras. Mas, e se o ator não possuí essas habilidades e técnicas necessárias para se vestir de uma máscara cênica? Segundo o professor Marcus Villa Góis, do curso de Artes Cênicas –Teatro & Dança da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), o corpo do ator é supervalorizado quando acompanhado de uma máscara.

Máscara Nô. Exemplo também de Máscara Expressiva.
Isso se reflete na arte do ator: a máscara expressiva (...), é formada por traços muito fortes. Comparada a um rosto humano percebemos o grotesco e sua dimensão monstruosa. Esse rosto grotesco, ao ser vestido, transfere para o corpo a responsabilidade de simulá-lo. Neste momento percebemos o corpo, e não somente a máscara, como ser composto de unidade. Acontece que este corpo nem sempre é treinado para aquela máscara e então podem ocorrer distorções entre máscara e corpo.Vermos o corpo cotidiano do ator, com seus trejeitos e maneirismos, vestir uma máscara expressiva sem procurar, ao menos, dissimular sua presença é muito estranho. Assim como o é, vermos o ator se esforçando para simular um corpo a partir de sua própria experiência de simulação, sem conseguir ir além do que é conhecido por ele. Quando o ator busca transformar o seu corpo cotidiano surge uma expressão que nunca é completamente desconhecida do ator, como é para ele a máscara. Isto ocorre devido a sua história corporal, ele carrega consigo vícios e qualidades corporais que desenvolveu ao longo da sua vida.
Antes de poder vestir uma máscara e deformar seu corpo cotidiano, o ator precisa encontrar um estado psicofísico, que não signifique nada em potencial, mas que haja uma presença cênica, a qual, antes de qualquer ação, indique a existência de uma representação. Um estado psicofísico calcado na neutralidade do corpo, diferindo do comum e do habitual em nós. (Marcus Villa Góis)

Máscara Neutra
    Percebe-se então que, antes de poder exercer a principal função da máscara cênica, é preciso antes dominá-la. Para isso, existe uma variação de máscara que, ao invés de transformar o ator naquilo que a máscara representa, o impele a um estado simples e de neutralidade no corpo do ator, conhecida como Máscara Neutra. Segundo o grupo “Núcleo de Máscara” da Escola Livre de Teatro (ELT), atuante principalmente na pesquisa e desenvolvimento para o uso da máscara cênica “a máscara neutra é um grande instrumento para desenvolver o trabalho físico e expressivo do ator. Por ser uma máscara didática, ela nos possibilita aprofundar e aprimorar o potencial expressivo do artista, através da ação de um corpo vivo e presente. (...).” De fisionomia simples e simétrica, sem conflitos, que propõe ao ator ampliar todos os seus sentidos encontrando a essência das ações e das situações, a Máscara Neutra, através do silêncio, se relaciona com todo o universo presente. Importante também citar que ela não se trata de um personagem, é na verdade, um estado que se apoia na calma e na percepção, fontes de vida para todas as outras Máscaras. Através dela o ator entende o que é um corpo decidido, presente, vivo dentro de um estado de representação, fora das convenções. Além disso esta máscara é um ótimo objeto de estudo, pois ela contribui tecnicamente na preparação do ator para o trabalho, para o esvaziamento do corpo, ou seja, a limpeza de vícios expressivos e trejeitos, para a presença cênica, pois mantém o a disponibilidade do ator através da escuta, visão e percepção, no tempo presente, para a concretude expressiva do corpo, sua relação com o espaço, com objetos e com outros, seu compromisso e envolvimento com a ação realizada, com a criação de elementos teatrais como o jogo, a improvisação, e a organização do trabalho do ator e na cena através da improvisação.
    Para Lecoq, criador de vários jogos desenvolvidos para o aprimoramento da técnica necessária para o uso deste adereço cênico, a máscara neutra é um estado de equilíbrio, de economia dos movimentos, que apenas se move na economia dos seus gestos e das suas ações, pois trabalha o movimento partindo do neutro e dá pontos de apoio essenciais para a interpretação que acontecerá depois. O ator exprime muito melhor os desequilíbrios dos personagens ou os conflitos.
    Para Villa Góis, estudioso da máscara cênica, especializado em comédia dell'arte e pesquisador dos jogos cênicos de Lecoq, o objetivo do trabalho com a máscara neutra é conscientizar o ator da sua corporeidade, buscando anulá-la. O método utilizado para isso surge através de uma “via negativa”, de uma economia de gestos. Busca-se sempre uma neutralidade, na verdade impossível, já que cada ser tem sua específica corporeidade. Os atores devem se esforçar para eliminar seus trejeitos e tendências, o que cria a possibilidade, posteriormente, de ampliar sua corporeidade. Num momento posterior, de improvisação com o personagem, ele poderá criar uma nova postura simulada e uma forma de se movimentar desligada da sua movimentação cotidiana.
    Destas máscaras, muitas variações surgiram, tanto com finalidade didática, como no caso da máscara neutra, quanto com finalidade artística dentro da característica de cada máscara expressiva. Pode-se dizer que as máscaras de estilos provindos dessas outras, são espécies de aprimoramentos, como se da máscara neutra os artistas artesãos as evoluíssem de estilo em estilo até alcançar a expressiva. De fato isso não é o que acontece, tanto que os primeiros registros de máscaras físicas são categorizadas como máscaras expressivas.
    Além destas duas principais modalidades de máscara cênica, existem também a Máscara Larvária, as Máscaras e as Meias-máscaras Características, as Máscaras de Tragédia e Comédia, entre tantas outras.
Máscaras Larvárias.
    Segundo Cuca Bolaffi, atriz e diretora do grupo “Núcleo de Máscaras” da ELT, as Máscaras Larvárias são rostos inacabados, formas simplificadas da figura humana, que remetem ao primeiro estado dos insetos. Fazem parte do grupo de Máscaras inteiras e silenciosas, que não permitem a voz, mas exprimem a essência da palavra falada através das ações. Podem ser jogadas tanto pelo lado animal quanto pelo humano. Têm um jogo largo, normalmente orientado pelo nariz.  
    A Máscara e a Meia-máscara2 Característica são máscaras expressivas que trabalham o âmago do sentimentalismo da personagem, sendo usadas em muitas companhias para o estudo do ator iniciante. São chamadas “Características” porque exprimem sentimentos puros do homem, como a raiva, o ciúme, medo, etc. “Meia-máscara” porque são máscaras que possuem a mesma função, mas sem a parte inferior do rosto, deixando a boca do ator livre, proporcionando maior liberdade na fala.
Máscaras de Tragédia e Comédia, 
as mais famosas das 
representações do teatro.
    Máscaras de Tragédia e Comédia são certamente as mais famosas quando referido o teatro. De fato, estas peças tornaram-se a marca desta arte como um todo. As máscaras de tragédia e comédia originam-se no teatro grego. Eles vieram para simbolizar o drama no mundo ocidental. Estas máscaras são construídas com traços simples, de mesmo tamanho dimensional da cabeça do ator, mas também podem ser exageradas e grotescas, como muitas das máscaras expressivas ou como as máscaras da comédia dell'arte, por exemplo, mas é certo que todas as máscaras de Tragédia e Comédia tem em comum a representação e a persona dos traços mais simples e primários do ser humano: o sorriso e o desespero, a felicidade e a tristeza, o amor e o arrependimento.               
    A partir destes estudos referentes à máscara expressiva e a máscara neutra respectivamente, conseguimos então fazer comparações simples, mas que abrangem todas as outras formas e estilos de máscaras. Na Máscara Expressiva vemos traços marcantes, caracterização do estado emocional, uso para a personificação das características da máscara, possuí inúmeros formatos, tamanhos e estilos, é usada principalmente em espetáculos, incentiva o ator a usar o corpo expressivo e é usada na criação da personagem. Na Máscara Neutra vemos a presença de traços neutros, a não caracterização do estado emocional, é usada para neutralizar o corpo do ator, possuí vários formatos e tamanhos, é usado principalmente em aulas, incentiva o ator a usar o corpo neutro, mas também é usada na criação da personagem. Ambas as máscaras podem ser usadas para se trabalhar qualquer tipo de personagem, as expressivas para o tipo de persona que a máscara exige e as expressivas para todo e qualquer tipo de papel. Isso se dá simplesmente e unicamente por se tratar de uma máscara neutra, e nada mais. Sua neutralidade envolve o trabalho corpóreo do ator e o incita a livrar-se de seu corpo repleto de vícios e trejeitos.
    Como vimos anteriormente, é através dos jogos de máscara neutra que o ator aprende a dominar seu corpo, influenciado todas as outras “máscaras” que ele tem de usar em sua profissão. Sempre que o ator, principalmente o iniciante, termina de representar um papel que cabe a ele a construção da personagem sem a utilização de máscaras, tende a permanecer alguns vícios deste recente trabalho em seu corpo, pois este, além do rosto, principal meio expressivo do ator, tende a modificar-se para alcançar as manias e os sentimentos de determinada personagem. A Máscara Neutra também é usada para que ele se “limpe” destes traços e passe a se filtrar para um novo trabalho.
    Percebe-se então, que todas as máscaras tendem a trabalhar a personificação de sua representatividade, tendem a desmistificar a criação de uma determinada personagem e a maximizá-la no corpo do ator preparado para tal fim. Pode-se dizer também, que, assim que o ator a utiliza, acaba por deixar de ter controle sob seu corpo e passa a ser controlado pela máscara, assim, a pessoa física não existe mais, dando lugar a pessoa mística que através de um corpo preparado e um rosto absoluto leva a todos para dentro de seu mundo único, perverso, sensível, vivo.
    Sendo assim, a máscara cênica, encarada por muitos, principalmente leigos, como mero objeto cênico, ou de utilidade apenas carnavalesca, mostrou-se importante na própria criação das artes cênicas. Ao longo de todas as culturas é possível perceber a importância dessa poderosa ferramenta do ator. Isto expande-se a todas os tamanhos e estilos de máscaras. Percebe-se que a máscara é um estimulador, a máscara está posta para o ator como a “fagulha” que acende o fogo brincante, pois como dizia Duvignaud, “invoca uma atitude, um comportamento, uma pessoa imaginária, (...) uma realidade supra-real que se torna real pela comunicação que ela implica e pela mensagem recebida”.

REFERÊNCIAS: GOIS, Marcus. Estradas de Sonhos: Uma contribuição circense na formação do ator. 2005. 177f. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – PPGAC - UFBA, Salvador.

CAILLOIS, Roger. Os Jogos e os Homens. Lisboa: Edições Cotovia, 1990. (1ª e 2ª parte).

LECOQ, Jacques. O corpo poético – uma pedagogia da criação teatral. SP : SENAC-SP, 2010.

BERTHOLD. Margot. História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2004.

BOLAFFI, Cuca. Máscara Neutra. Disponível em <http://mascaraelt.blogspot.com/p/mascara-neutra.html>. Acesso em: 07 de nov. 2011, 18:39:25.



1. Leonardo Augusto Madureira de Castro é acadêmico do 4º semestre do curso de Artes Cênicas & Dança – UEMS, ator e sonoplasta do grupo Teatral Grupo de Risco (TGR), atuante desde 2011.
R. dos Engenheiros, 130, Tiradentes. leonardo-_-augusto@hotmail.com. 09 de nov. 2011.
2. Aqui vemos estas meias-máscaras como um estilo específico. Mas na verdade todas as máscaras em si tem variações de máscara inteira e meia-máscara.