quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Na Cama Nú, Dos Outros é Refresco!



Video feito no estúdio do projeto REBOBINE, POR FAVOR!! Curtam todo o charme da improvisação!!! :D
link para assistir no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=4Y_ExRTv2SI

As flores do mal

    É estranho como e quanto estou feliz mesmo com tantas peripécias que o amor já resolveu me aprontar. Acredito que exista um amor regente de todo mundo, assim como Deus, isso pelo menos, explicaria essa rede infinita que as pessoas tem consigo mesmas. Redes invisíveis e imperceptíveis. Algum nerd chamaria isso de tecnologia. Eu chamo de amor.
    Minha boca secou às 5:15hs da manhã. Como poderia acontecer o que acontece? Mas a verdade é que eu queria ter aproveitado mais antes de ver minhas dúvidas irem embora, irem viajar para bem longe... queria te-las beijado mais, sem sentimentalismos, sem conjugações ou porquês, queria ter aproveitado cada segundo do beijo infinitamente ligeiro ao qual fui pego de surpresa.

   Atravesso a rua e sem querer olho para trás.



À QUE É MUITO ALEGRE

Teu ar, teu gesto, tua fronte
São como uma bela paisagem;
O riso brinca em tua imagem
Como uma brisa no horizonte.

A tristeza aos teus leves passos
É ofuscada por esta saúde
Que é luz a descer da altitude
De teus ombros e de teus braços.

Como estas deslumbrantes cores, 
Que em tuas roupas muito afetas,
Lançam no espírito dos poetas
A imagem de um balé de flores.

Estes vestidos são reclamo
De um espírito variegado;
Louca, por ti sou desvairado,
E eu vou te odiando enquanto amo!

Por vezes num jardim perfeito
Onde arrastava minha atonia,
Eu senti, como uma ironia
O sol lacerando o meu peito;

E me humilharam com rudeza
A primavera e o seu verdor,
Que eu puni em uma flor
A insolência da Natureza.

Assim eu quisera uma tarde,
Quando a hora das volúpias soa,
Às riquezas de tua pessoa
Subir assim como um covarde.

E castigar-te a carne embevecida,
E magoar teu seio perdoado
E impor a teu flanco espantado
Uma larga e oca ferida,

E, deslumbramento sereno,
Através desses novos lábios,
Muito mais belos e mais sábios,
Inocular-te o meu veneno!

(Extraído do livro "As Flores do Mal" de Charles Baudelaire)

   Acreditar no amor é quase o mesmo que acreditar em Papai Noel. Eu já vi os dois, então...!
 Só estou tentando me entender. Não pirem...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

3º capítulo de Cênicos!!!



Clique aqui para assistir no youtube!

Aê gente! Saiu o terceiro capítulo! E não se esqueçam de ir dia 12/12/2010 às 19:30hs no Glauce Rocha para morrer de rir com a peça "Jubileu & Romieta" e participar das gravações do último capítulo da 1ª temporada de cênicos!
Para informações e compras de ingressos procure um dos atores do Cênicos ou ligue no (67)3382-2522
APROVEITEM E VOTEM NO BLOG http://comlicencaobrigado.blogspot.com/!!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pergunta: http://hearscream.tumblr.com/post/1548329144

Resposta: Até onde o céu alcançar e mais um pouquinho de infinito! Sabe porque?

Porque
[c=1]'               [b]G[/b]abriela [b]R[/b]ezende[/c] diz (00:11):
 I need you here... now.
Leonardo de Castro diz (00:11):
 me too...
Leonardo de Castro diz (00:16):
 eu queria saber usar palavras para descrever minha vontade de sonhar ao teu lado todas as noites... sei q virou até senso-comum dizer q com palavras nao posso descrever minha vontade de vc, mas pelo menos eu tenho a vontade, acho q isso me basta para entender o quanto vc brilha em mim...
[c=1]'               [b]G[/b]abriela [b]R[/b]ezende[/c] diz (00:17):
 it's beautiful
Leonardo de Castro diz (00:18):
 lindo é o q eu sinto por vc
 palavras bonitas nada mais são que palavras
 nao importa lê-las
 importa entendelas
 se possível aceitá-las
 vivê-las
 sou forte graças a vc
 forte novamente
 obrigado
[c=1]'               [b]G[/b]abriela [b]R[/b]ezende[/c] diz (00:19):
 why ?
Leonardo de Castro diz (00:19):
 meu coração já não dói mais...
 só isso

pra garota que me fez amar novamente, a quem eu sou muito grato...


O amor não é um presente, um gracejo, um jogo de sorte, é uma dádiva divina que nos é responsável.
Obrigado por confiar em mim.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Papéis

Papel...
    De que vale o papel? De que vale o papel sem o ator? De que vale o papel se não houver amor? De que vale o esforço do papel se não tiver o esforço do ator? D que vale a beleza do cordel se não há quem possa colher a flor?
    Põe no papel a pantomima que rima à força da prosa que entrosa na alegria da poesia!
    Põe na historia da memória do tempo e espera que o momento vai chegar assim q raiar o dia!
    Traz a graça ou gracejo de um longo bocejo que insiste em me deitar que insiste em me fazer sonhar. Faz de conta e conta quantas estrelas existem no papel que representa e apresenta nossa vida.
    Não importa o papel, só importa o que existe dentro de nós.

Pois é. 

    Não importa quem se é, só importa acreditar no que diz sua voz. Importa o momento, o ser-estar ali presente, importa que você acredite no que sente, saiba enxergar o que oferecem para criar e libere a força que arde em sua mente.





Foi pra você que escrevi tudo,

foi pra que você que após muito estudo

melhorei, melhorei, melhorei, melhorei, criei.... 

domingo, 24 de outubro de 2010

Casa Brasil

    Bem-vindos à casa Brasil, onde o vento sopra mais forte pro lado de lá, onde às vezes não se pode sambar, já que temos mais contas pra pagar do que músicas pra tocar.
    Bem-vindos à casa Brasil, onde você é mais você e ninguém pode te convencer o contrário, porque se assim for, melhor esquecer o rancor e viver conforme as regras do proletário.
    A onde eu poderia ir pra tentar fugir, dessa caótica vida urbana, dessas loucas decisões mundanas, dessa tela wide-screen que não tem fim, que eu não suporto mais e que nunca volta atrás, dessa casa maltratada, desgovernada, barulhenta e birrenta que insisti em piorar, dessa gente intrigante, mas um tanto ofegante, que não aguenta mais trabalhar.
    Bem-vindos à casa Brasil, a casa da pátria que te pariu.
    Deitado eternamente em berço insípido, ao som do violão de um vagabundo, figuras de um bordão na prosa eclética sonham com a fama de pelo menos um segundo. Sai da terra a isca viva, vai embora tentar achar outros valores. Sai o sangue da ferida, então descobre que os caminhos não são só flores.

Ó pátria amada, desnorteada, corra logo e se salve, salve!!!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pois faço Artes...

                                                                                          Porquê artes? Perguntaram-me. Sinceramente não soube responder, mas muito insisti. Oras, se não são às lágrimas dos anjos que pintamos, se não aos ventos que dançamos, se não aos corações que criamos. De fato, faço artes. Talvez a graça de fazer graça, talvez a possibilidade do infinito. Faço artes e por isso sei o tamanho do mundo. Pelo menos do que cabe na minha cabeça. Um emaranhado infinito de cores, sons e gestos. Cores, decolores, amores, pintores, escultores... Quão imensurável são os projetos de vida a qual me dedico dedicando-me a este mar de felicidade. Mas também de redemoinhos.
    Redemoinhos de incontáveis sentimentos, de frios-na-barriga, de enjôos antes do palco e de lágrimas depois das palmas. Sou simples instrumento de performance. E quando me pediram para dançar, assobiei um compasso, um ritmo desmedido de síncopas, de fermatas... Dancei com o coração que se mostrava através de meu pequeno corpo saltimbanco. Graça, gracejo, gravidade. Coisas de menos, pessoas de mais... Faz tempo, eu sei, mas o tempo é tão relativo quanto a sua definição de dança.



Faz de meu corpo instrumento de teu coração, de tua alma. Faz de mim fonte de sua inspiração e de seu desespero. Faz a vida crescer por sobre meu peito, pela minha voz, pelos gestos. Sefreguidão é aquele coração partido que não soube se expressar em meio a ganância sentimentalista ao qual foi exposto. Me ame pelo que sou, não me desperdice pelo que disse, pois sou só instrumento implícito da verdade, ou melhor, da sua realidade. Desculpem, mas estou para drama....
          tizado....
                    ravante....
                                   stemunho...                        de sua presença em mim. 

Faço artes porque a realidade não me basta nem preenche.
Porque te amo, assim como você me ama.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

    Vídeo em homenagem ao grupo do terceiro da ACTION - Oficina de Atores, o "Com licença, Obrigado!" que se fizeram grandes amigos para mim e se tornaram tão importantes quanto o sentido de nosso trabalho!                                                                              

                                                                                 MERDA!!!

Norman McLaren - Sincromy sonorizado por Leonardo de Castro

Vídeo feito no curso de sonoplastia ministrado por Dudu Tsuda em Campo Grande -MS onde os alunos deveriam pegar somente as imagens que o vídeo oferecia e colocarem uma sonoplastia em cima disto. Confiram o meu feito com um toque clássico.

domingo, 26 de setembro de 2010

Um dia de paz!

    Fez-se escuro aquele dia como em um passe mágico. Era noite, mas os corações pulavam como que em uma festa de carnaval na praia, à pleno verão, à sol alto. Talvez a vida seja mesmo relativa, talvez toda vez que vislumbramos algo daquele jeito de para sempre, sempre saberemos ser felizes! Ah! É tão fácil se feliz... é tão bom também... agora, mais do que nunca, mais do que a muito tempo, eu me sinto em paz!
    Foi graças à natureza em si. Um horizonte maravilhoso acompanhado de uma noite serena, imensurável, que encobria meu coração como uma colcha de felicidade. Acho que tinha tudo para dar certo. Acho que foi por isso que deu.
    Junto de tamanha beleza vinha uma das obras mais belas e divinas que eu conheço: um gigantesco sentimento de esperança e confiança.
    Obrigado. Você jamais será esquecida.
Tem gente que tem que estar na hora certa e no lugar certo. Agradeço por isso. Solamente.

Em um mundo de pequenos gigantes se contruiu a paz
Talves fossem mais que oxigênio e carbono
Me disseram que poderia ser obra de um pensamento à mais
Sinceramente? Acredito ser obra de mais de um patrono

Quem sabe quando como ou onde
Quem sabe o porque
Deveras deve também ser um conde
Ou quem sabe um você

A paz é feita de momento únicos
Independentes, solitários
Infinitamente públicos
Relicários

por Leonardo de Castro

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

"Ótimo, como sempre!"

    Um dia disseram que quem estava errado era eu. De encarar a vida com um olhar positivista, um pouco exagerado, talvez um pouco utópico, mas por Deus, um olhar diferenciado, que vale a pena ser usado.
    - Você não é feliz! - disseram-me.
    Abaixei a cabeça e chorei. Mas só porque naquele momento era verdade. Mas cá pra nós, a verdade é relativa e a vida é feita de momentos.
  
    Quem sabe o que todos querem! Felicidades!? Não... mas quem sabe um meio de encontrá-la... o que importa não é o destino, nunca foi, mas sim o caminho até lá. Quem sabe vocês consigam encontrar uma felicidade no papel, em algum logaritmo!? Alguma fórmula? Sei lá... na boa... acho que eu tenho coisas melhores pra escrever!

"Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!"                                                                       Mário Quintana

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Você estava linda àquela noite

Escusado, mas vá lá, me interessa a literatura.

Talvez tenha sido por gosto, pelo aprazer, por simples ou grande apreciação, pela simpatia, graça e elegância que emanamos um para o outro, por deleito, gozo, satisfação, que costumamos nos presentear mas é verdade, você possuía um "quê" que realmente chamava atenção, um "algo a mais" que aparecia junto com você. Assim que você aparecia na minha frente vinha carregando junto um amontoado de felicidade, uma cauda de vários pontos de paz, de calmaria. Toda vez que você aparece, aparece também uma beleza natural estonteante que me deixa em estado de êxtase, em estado de graça, perto dos sonhos. É bem verdade que sou suspeito de falar-lhe assim, tão abertamente mas é verdade também que eu sinto essa beleza que você tem dentro de você, beleza esta que a olhos desatentos não aparece.
Olhos desatentos são uma verdadeira merda.
Todos deveriam aprender a olhar as pessoas com os olhos de dentro na escola. Mas assim como eu aprendi, isso só é ensinado pela vida e pelo convívio com as pessoas certas, que, estou certo, são muitas neste mundão-véio-sem-portera!
Enfim, eu queria dizer isso... sei que não chegou nem perto do que eu realmente queria escrever quando naquele acesso de lirismo eu consegui dizer, mas essa é a verdade, pura verdade, eu juro! Pelo menos para mim, e creio que o que importa é o que interessa e isso é interessante para mim.
Resumindo, você estava linda àquela noite.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Difícil de explicar

Traduzido. É difícil aceitar a derrota, geralmente pra quem é posto de lado é mais difícil ainda... engraçado né? Eu quero sair, eu quero mostrar a todos que nada do que penso é cordialmente pensado, quero transcender as minhas próprias suspeitas... mas existe uma coisa que sempre impede.
As pessoas são fonte de nossa existência, sem elas, sem uma sociedade, nós nos perdemos em nossa própria essência, ou seja, precisamos de outras pessoas para podermos nos perceber dentro de um contexto social. Um pouco complicado, mas enfim, em outras palavras, só notamos e entendemos algo quando conhecemos o não-algo.
Eu gostaria de conhecer o não-amor porque ao mesmo tempo que nós conhecemos o amor esquecemos de todo o não-amor, toda vez, sempre. E o pior que o amor, neste aspecto é comparável à morte, como? Simples! Uma vez que amamos esquecemos de todo o não-amor, isso é contra o princípio de existência, não-existência ao qual nossa percepção está inserida. Raul Seixas já dizia que quem já amou uma vez não é feliz.
A questão a que devemos nos propor é que este tipo de felicidade do qual o poeta fala não é a felicidade arbitrária que todos buscam em seu viver, mas sim a felicidade infantil e inocente das pessoas que não vivem as maravilhas ardilosas às quais o amor nos sujeita.
Difícil de explicar, realmente, mas tudo tem um porque e uma garota por trás.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pule!

Salte! Viva! Seja! Quem? Você oras! Mas se você é alguém que assim como eu tem vários "vocês" então aproveite, porque isso só quer dizer que você vive várias vezes, de várias formas diferentes! E isso é extremamente excitante! A partir do momento que você aprende
a domar seus "eus", logicamente!

Então a conversa estava boa, os passos já se cruzavam sem que percebecem e as mãos por minutos infinitos se cruzaram. Caminhavam, conversavam, riam e se conheciam e se gostavam cada vez mais. Até que o abismo apareceu.
- Você quer pular? - disse ela com um sorriso inocente.
- Quero! E você?
- Não... tenho medo de me machucar.
- A gente só se machuca se o tompo for maior do que o maior tombo que já levamos.
- Será que a queda vai doer?
- Se preocupa não, eu pulo com você! Você quer pular?
- Bem...
- Pula!
E ouviu-se um imenso silêncio precedido de reticências, apenas esperando que aqueles dois cheguem ao chão.

................................................................PLOFT!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Desejo

Um dia voltaremos, certamente voltaremos aos tempos que éramos apenas nós mesmos, aos céus de outrora, tão limpos quanto antes, às simples escolhas, às dúvidas iniciantes. Um dia voltaremos, certamente voltaremos para mais uma vez tomarmos aquele banho de chuva do qual jamais esqueceremos. Seremos grande, seremos reis, seremos areia, vento e pó, mas olhe intensamente no fundo dos meus olhos e veja a janela aberta para o sol. Tudo é escuro do outro lado e o amanhã é sereno, mas eu suponho ser melhor e certamente vai ser melhor. Olhe através do espelho, caminhe sobre as pedras e mergulhe na terra para alcançar o céu. Tão rápido saberemos esperar e supostamente descobrir a chave, a vida e o relógio antes de partir. O guarda-roupa não guarda roupas, não para nossa imaginação forte. Um dia voltaremos, certamente voltaremos então reveja, relembre, reviva toda a sorte. O que podemos esperar? O tempo não dirá.

O tempo não vai passar, jão não posso mais esperar, o passado no futuro é desejar e o desejo no passado é agora.

terça-feira, 6 de julho de 2010

16 de abril de 1905

Neste mundo, o tempo é como um curso de água, ocasionalmente desviado por algum detrito, por uma brisa que passa. De vez em quando, algum distúrbio cósmico fará com que um riacho de tempo se afaste do leito principal para encontrá-lo rio acima. Quando isso acontece, pássaros, terra, pessoas alinhadas no braço que se desviou são repentinamente transportados para o passado.

É fácil identificar pessoas que foram transportadas de volta ao passado. Elas vestem discretas roupas escuras e caminham pé ante pé, tentando não fazer qualquer barulho, tentando não amassar uma folha de grama que seja. Elas temem que qualquer mudança que façam no passado possa ter consequencias drásticas no futuro.

Agora mesmo, por exemplo, uma dessas pessoas está agachada nas sombras da arcada, em frente ao número 19 da Kramgasse. Um lugar estranho para um viajante do futuro, mas lá está ela. Pedestres passam, olham e seguem seu caminho. Ela se encolhe em um canto, depois corre subitamente para o outro lado da rua e se esconde em outro ponto escuro, em frente ao número 22. Ela morre de medo de levantar alguma poeira, no exato momento em que Peter Klausen está passando a caminho do boticário da Spitalgasse nesta tarde de 16 de abril de 1905. Klausen é um tipo meio janota e detesta quando suas roupas não estão impecavelmente limpas.

Se suas roupas forem atingidas pela poeira, ele parará e a espanará zelosamente, mesmo que algum compromisso o esteja aguardando. Se Klausen demorar-se um pouco mais que o necessário, poderá não comprar a pomada para sua esposa, que há semanas reclama de dores nas pernas. Neste caso, a esposa de Klausen poderá ficar de mau humor e decidir não fazer a viagem ao lago de Genebra. E, se ela não for ao lago de Genebra em 23 de junho de 1905, não conhecerá uma certa Catherine d’Épinay enquanto caminha pelo ancoradouro de margem leste e não apresentará d’Épinay ao seu filho Richard. Richard e Catherine, por sua vez, não se casarão em 17 de dezembro de 1908, e seu filho Friedrich não nascerá em 8 de julho de 1912. Friedrich Klausen não se tornará pai de Hans Klausen em 22 de agosto de 1938, e sem Hans Klausen a União Europeia de 1979 nunca ocorrerá.

A mulher do futuro, lançada sem aviso prévio para este tempo e este lugar agora tentando ser invisível no seu cantinho escuro em frente ao número 22 da Kramgasse, conhece a história de Klausen e mil outras histórias esperando ser desencadeadas, dependentes dos nascimentos de crianças, do movimento das pessoas nas ruas, das canções dos pássaros em certos momentos, da posição precisa das cadeiras, do vento. Ela se encolhe na penumbra e não retribui as olhares das pessoas. Ela se esconde e aguarda que a corrente do tempo a leve de volta ao seu próprio tempo.

Quando um viajante do futuro precisa falar, não fala, choraminga. Sussurra sons sofridos. Está angustiado. Pois, se ele provocar a mínima alteração em qualquer coisa, pode destruir o futuro. Ao mesmo tempo, é forçado a testemunhar eventos sem ser parte deles, sem modificá-los. Inveja as pessoas que vivem no seu próprio tempo, que seguem suas próprias vontades, alheias ao futuro, ignorantes dos efeitos das suas ações. Mas ele não pode agir. É um gás inerte, um fantasma, um lençol sem alma. Perdeu sua personalidade. É um exilado do tempo.

Essas descorçoadas pessoas do futuro poder ser vistas em todas as cidades e vilas, escondendo-se sob os beirais dos prédios, nos porões, sob as pontes, em campos desertos. Ninguém lhes pergunta sobre o que acontecerá, sobre futuros casamentos, nascimentos, invenções, finanças, lucros. Em vez disso, elas são abandonadas e sente-se pena delas.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Perdoe

Estava caminhando sob um luar normal...
Lua... satélite natural da terra provinda do rompimento da massa terrestre em sua formação após o Big Bang. (dane-se)
Naquela noite triste eu havia acabado de conversar com alguém muito especial pra mim. Ela havia m e dito exatamente o que deveria me dizer enquanto eu tinha dito exatamente aquilo que queria ouvir. Na minha posição de defesa, tímida e medrosa, lancei-me aos passos depois de saber que daquela conversa nada sairia. É verdade, nada saiu. Pelo menos não da boca sábia da pessoa, mas da boca incerta que eu havia adotado aquela lúgubre noite.
Deitei, sonhei com o incerto (não lembro), rezei antes de chegar em casa, é bom que se diga. Me deitei. O problemas das pessoas vem à tôna quando se deita a cabeça por sobre o travesseiro... mas... e se não tem travesseiro?
Pensei inúmeras vezes no fato ocorrido daquele dia. Constantei que era verdade o que havia escrito no tópico passado e não gostei muito disso. Como disse para ela, eu havia mudado e piorado de um jeito que eu não queria mais ser, mas ao mesmo tempo não queria deixar de ser...
"Hun...." - ela deixou escapar - "Você está reagindo ao mal que te causaram"
"É verdade, mas isso não quer dizer que eu tenha de me tornar assim, tão mal quanto a pessoa que me causou tanto mal!" - disse pavoroso, por usar a palavra mal tantas vezes em uma só respiração.

...

Perdoa. Foi a única coisa que eu consegui me dizer. " (...) Depois de um tempo a gente aprende que até a mais amável das pessoas um dia irá nos magoar, e nós deveremos perdoá-la por isso." Shakespeare, né!? É... o cara sabia das coisas... aliás... todos sabem, só não praticam. Mais um motivo para que eu pratique. Não quero ser mais um. Se forem pra lembrar de mim, que seja das minhas atitudes, às vezes impensadas, mas sempre eternas. Ou você acha que quem perdoa não fica com isso na cabeça o resto da vida!?

Você já perdôou?
Perdoe

Ela combinou com aquele homem que a tempos não via. Eles tinham tido um caso amoroso. Ela aprendeu a amá-lo, ele também a amou. Mas a vida nos determina algumas estradas que são inevitáveis em certas ocasiões. É oque acontece quando alguém ama e a outra pessoa simplismente se apaixona. Mas afinal de contas, somos humanos, nascemos para nos apaixonar!

A paixão é a mesma coisa que acreditar e se deixar levar pela vida. Apaixonar-se é viver e deixar-se viver. Vem de fora pra dentro, pois quem apaixona primeiro observa. Assim como os olhos, a paixão recebe a luz provinda dos outros e então codifica para o cérebro. Amar é justamente o contrário.

Eles se reencontraram e surgiu então aquele clima que todos nós não desejamos para ninguém... sabe? aquele de casal que não se vê a muito tempo? Então... Eles conversaram um pouco, mas a prima dela estava entre os dois, atrapalhando os planos dele de roubar-lhe um beijo. Afinal de contas, a vida é um jogo. Eles beberam um pouco. Ela era forte, mas ele sempre tonteava mais rápido por efeito do álcool. Eles sairam então até a área de shows, estavam felizes, com seus amigos em comum.

Agora a história toma um rumo novo!

Um estranho se aproximou dela fervendo o sangue do antigo amante: ciúmes
Ela se virou para não ser beijada de surpresa e disse em voz alta um não tão firme "Não!": dúvida.
Ele empurrou o desconhecido, estava pronto para a briga: raiva
Ela achou ridículo da parte dele: medo
Ele disse que queria protegê-la: saudades
Ela disse que ele era um idiota: álcool
Ele disse umas verdades: embriaguês
Ela o empurrou: desprezo
Ele saiu para chorar: ciúmes, dúvida, raiva, medo, saudades, álcool, embriaguês.

Ele estava certo e ela não. Mas isso só foi notado depois de dois longos anos. Não é uma pena? Melhor não repetir...

Perdoe!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Me tornei uma pessoa pior...


Costumo usar reticências...
Em quase todos os textos... elas me completam, me deixam a entender e eu adoro isso... que me deixem a entender! Isso te faz pensar, te faz olhar aqueles três pontinhos e pensar sobre o que eu quis dizer com eles...
Agora que você sabe disso, posso concluir. Eu me tornei uma pessoa pior.
De todas as experiências que tive nesta vida a que me aconteceu foi a pior. Como todas as outras eu respirei fundo, rezei um pouco, chorei para poder me livrar mais rápido dos pensamentos retalhados... Eu jurei que ia melhorar, e não só crescer, mas melhorar de uma forma como melhorei em outras decepções, outras experiências. Mas ainda tenho a tristeza de uma criança dentro de mim... foi assim... assim que me tornei uma pessoa pior...

Eu só não superei ainda, como não quero superar...
Eu disse coisas horríveis que ninguém deveria ouvir...
Eu fiz coisas humilhantes com quem mais amei na vida...
Eu deixei de amar.
E isso me rasga o coração...
Pois foi feito de uma brutalidade imensurável, tão grande que ele não teve tempo sequer de bombear sangue para a cabeça e passou a sofrer sozinho... Meus coração está frio.... mais.... meu coração está morto...

Me tornei uma pessoa pior, porque estava me enganando quand o eu quis resolver a situação, eu não posso resolver tudo, por mais que eu queira ou me esforce para isso. Eu quis mostrar o quanto eu posso ser bom, mas, assim que o fiz, me veio na cabeça a pergunta: "Será que eu posso ser tão ruim quanto posso ser bom?" e agora essa pergunta norteia todos os meus dias... Me fiz nefasto, funesto, terrível, humilhado por mim mesmo por ter humilhado......... eu não queria isso pra mim... mas as consequências me obrigaram... E pra que?

Não sei....

Só espero que alguém cresça depois de tudo isso... só espero que eu deixe de ser assim, como estou agora... só espero poder não ouvir mais minha mãe dizendo que eu estou frio, quieto e triste ultimamente e que isso a deixa preocupada...

.......................................................................................................Tenho que pedir perdão a Deus

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Merda!

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance, ria e viva intensamente; antes que a cortina se feche e a peça acabe sem aplausos" Charles Chaplin

GEPEAC - Com Licença, Obrigado!


Estudo aqui teatro! Somos uma família! Aprendemos e estudamos como loucos, e por isso nos consagramos amantes, um dos outros, um por todos, pois está é uma arte coletiva que nos impulsiona e nos movimenta para um futuro mágico, lúdico, sarcástico, rítmico, cínico, GRANDE!

Meu eles

Não sou um só... nunca serei...
Minha vida se condensa nas artes, no trabalho e no respirar escrachado da sociedade.
Me conheça, te peço somente, me conheça antes de tentar me explicar. Sim! Sou digno de explicações de terceiros, mas também não significa que elas me interessam. É simples: eu me interesso por aquilo pelo qual me interesso! Não nos releva ditar estais coisas aqui, e agora. Não nos interessar fazer uma descrição acirrada da minha pessoa. Isso não é possível, pelo menos não com palavras... talvez com convívio, com os momentos peos quais a vida se manifesta! Mas também não digo isso por consequencia da minha auto-estima elevada (sim, eu me acho), mas porque nenhum ser humano pode ser descrito.
Queria ser eu mesmo, mas agora... agora, agora... não o estou sendo...
Por isso atuo, por isso crio, faço artes! Porque a realidade não me basta e jamais bastará...!
Por favor, me conheça, será uma ótima conversa!
Com licença, vou ali me convencer disso...

Bem-vindos!


Bem... como começar!?
Olá...
De início não pensei que teria assunto para registrar aqui, criei esta página virtual com o intuito de poder jogar no lixo as desventuras que por hora me ocorrem do jeito e a maneira que eu bem entender! O capitalismo ensina isto, não é!? Devemos ser egoístas e fazermos tudo como bem entendemos, quando quisermos e, o mais importante, se quisermos!
E eu sou um filha da mãe de um capitalista roxo...
Escrevo aqui porque sou capitalista acirrado. Um vilha da mãe de um capitalista mórbido e sem-graça que só por ser capitalista toma a frente de um meio de comunicação totalmente egoísta e antipático quando a internet. Criada para nos dar a impressão que somos donos de nossa vida e que o amanhã sempre será melhor, que a cultura e a ciência, verdadeiras é bom que se diga, está a um "click" de nossas vidas. Besteira, patavinas desmedidas que nos obrigam a assistir inconscientemente...
Besteira ou não, me apresento como mais um novo internauta que não tem nada pra fazer de suas manhãs...
Mentira!
Pra fazer eu tenho um monte! Poderia estar lendo, estudando, matando, roubando, estuprando, cheirando pó... mas não estou... resolvi escrever...
Não quero memórias, não sou livro para se fazerem resumo, nem sou museu para ficar recordando. De fato, troco o amanhã e o ontem pelo hoje! Pelo menos por enquanto... porque enquanto esta vontade saudosista ainda não me retorna, me prendo e me repreendo na frieza da tela de um computador.
Vá ler um livo, idiota!

Pensei muito antes de escrever assim, tão abertamente, mas tomei a decisão de fazê-lo por uma idéia, uma vírgula que me deixou largar de mão do pensamento preconceituoso para com a internet e me veio a vir aqui, "publicamente" vos escrever.

Triste concerto que nunca nos remedia é a vida... mas a vida é assunto para outra hora, por momento, venho me dar as boas vindas ao novo mundo virtual...
só espero não me arrepender, como tantas vezes fiz!
Seja bem-vindo, meus eles!